Garcia D' Avila


A principal divergência entre a Historiografia Baiana e a Sergipana

                 Maria Theti Nunes


Conclusão dessa parte: A Historiografia sergipana ela tem uma tendência de enaltecer os índios; Já a historiografia baiana ela tem um tendência de enaltecer os Ávilas(Que eram os bandeirantes bainaos)
“Embora se afaste da tendência mais apologética de Pedro Calmon, Moniz bandeira se identifica com ele na mesma medida  em que concede o papel quase que único de formação de Estado e da nação aos segmentos domiantes da sociedade brasileira e em que considera a existência de um sentimento proto-nacional associado a esses agentes sociais”.

               Principais pontos da apresentação sobre Garcia D’ Avila
A Rivalidade entre jesuítas e criadores de Gado
Ambos eram colonizadores, ambos faziam parte da mesma cultura e ambos queriam trazer a civilização cristã para a América. Porém, o que difere Garcia D’ Ávila dos jesuítas foi justamente o projeto de colonização: os jesuítas queriam colonizar através das missões, enquanto Garcia D Ávila e outros criadores de gado queriam colonizar através da escravidão. A ação dos jesuítas contrariava os interesses econômicos dos criadores de gado. Já que os jesuítas eram contra a escravização dos ameríndios.



A importância de conquistar Sergipe
As terras de Sergipe correspondiam às terras do Rio real ao Rio São Francisco, essas terras elas eram propícias a pastagem de gado (já que o gado era criado de forma extensiva) e os criadores tinham interesse em expandir seus territórios (o maior interessado era Gracia D’ Ávila). Conquistar Sergipe facilitaria o transporte dos rebanhos do vale baiano de São Francisco para o recôncavo.


 E qual a importância do gado na economia açucareira?
Apesar de não compartilharem o mesmo espaço, A economia açucareira estava interligada com a criação de gado. E quando economia começa a se expandir, começa a aumentar a demanda pelo gado.  O gado era utilizado como força motora das moendas, era utilizado para transportar as canas de açúcar até os portos; e também era utilizado para alimentar a população que estava em contínuo crescimento.

A conquista de Sergipe interessava os senhores de engenho e os criadores de gado


 A casa da Torre e o início da Guerra
A casa da torre ela foi criada em 1550 e era a sede administrativa de Garcia D’ Ávila. Era justamente na casa da Torre onde ele administrava seus negócios, organizava seus exércitos e promovia as guerras. Em meados de 1589 Cristovão de barros lançou um projeto de conquistar Sergipe, com o apoio do governo luso-espanhol. Essa guerra contava com o apoio de Garcia D’ Ávila e foi justamente na casa da Torre, onde essa guerra foi projetada.

A conclusão é que Garcia D’Avila foi um dos principais articuladores na conquista de Sergipe


 Sergipe, depois da Guerra Justa
A guerra trouxe exterminação da sociedade indígena e também a escravização de muitos índios. O território foi dividido em 205 sesmaria, e ingressado no sistema de capitanias Hereditárias. Antes de 1590, Sergipe não pertencia à administração real.
Em relação às sesmarias, os Ávila foram os que mais se beneficiaram; porém outros sesmeiros também receberam terras: como por exemplo, Belchior Moréia e Simão Dias.
A maioria dos que receberam terras eram de poucas posses,receberam pelo menos 1 légua de terra. Eles eram os brancos pobre, os peões, aventureiros de todos os bordos.
Os que reivindicaram a posse da terra foram justamente aqueles que participaram da batalha com Cristovão de Barros. A distribuição das terras aconteceu de forma desigual.








Conclusão final
Os trabalhadores de pequenas posses também contribuíram para o desbravamento do Sertão; Sergipe não se tornou uma sociedade açucareira, como Bahia e Pernambuco, nos séculos XVI e XVII. Tornou-se “sociedade do couro”, dos gêneros alimentícios e do fumo. Que também deveria está inserida na História Brasileira como capitania subalterna ou diferente.
A conquista de Sergipe na Criação de gado gerou privilégios de uns sobre os outros. Uma pequena minoria teve acesso às melhores terras de excelentes pastagens, tornando-se dono de currais e, a outra, trabalhadores do gado, pequenos curraleiros, restou o trabalho árduo do dia dia.
É equivocado pensar a sociedade do caro tendo características livre do trabalho, menos hierarquizada e mais democrática. Os criadores de gado, também utilizavam escravidão, tanto do índio como do negro. Como o escravo negro era muito oneroso para o criador comum, eles acabaram utilizando o trabalho indígena.

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