Engenho Colégio e Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Essa excursão foi ministrada pelo professor Dr. Antônio Lindvaldo, membro do departamento de História da Universidade Federal de Sergipe, cujo, o objetivo seria tentar compreender a ação dos jesuítas no estado de Sergipe (1575). Através da arquitetura, que é parte da cultura do homem, podemos entender os processos políticos, econômicos e sociais que a província enfrentava. A excursão aconteceu no dia 16 de Abril, nós, alunos do professor Lindvaldo, temas de História de Sergipe I, saímos da UFS ás 8:00 e retornamos por volta das 20:30 em São Cristovão. O objetivo foi tentar compreender a história do Engenho colégio (localizado no município de Itaporanga d’ Ajuda) e da Igreja Nossa Senhora do Socorro (localizada no município Tomar do Geru) através dos seminários apresentados pelos discentes.
A igreja e a casa pertecem ao Engenho Colégio
Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
História dos jesuítas
Em torno de 1575, os primeiros jesuítas chegaram aqui, antecipando colonizadores e criadores de gado.Aqueles recebiam lotes de terras (as sesmarias) ,as áreas almejadas eram aquelas que dispusessem de madeira e fossem margeadas por rios. Por isso em 1600 as regiões que vicejaram foram o Vale do Cotinguiba, Vaza-barris e o Sul da região, também era necessário que área apresentasse um clima deleitável.
A primeira cidade criada foi São Cristovão, em 1590, no século XVII outras povoações foram se estabelecendo acompanhando as barras fluviais e dos portos e procurando criar vias de comunicação com São Cristovão (Porém São Cristovão não foi a primeira vila, recebeu o status de cidade porque foi criada diretamente pela coroa portuguesa)
Através da excursão percebemos que a igreja católica teve um importante papel no surgimento de alguns núcleos populacionais, pois a funções religiosas provocavam núcleos aglomerados e percebemos também que não foi apenas a economia açucareira que gerou o crescimento dos núcleos populacionais, aldeamentos indígenas, cidades de defesa também geraram. Como é o caso de Tomar do geru e Itaporanga que foram fundadas através de missões jesuíticas
No século XII a igreja era uma instituição muita rica tinha prestígios políticos e bens materiais, com o avanço do protestantismo a Igreja católica se viu em uma situação desesperadora. Uma das suas respostas foi a Criação da Companhia de Jesus fundada por Inácio Loyola, em 1534 o principal objetivo era restaurar o poder da igreja. Uma das medidas de combate ao protestantismo era a catequese de povos não-cristãos da America. Quando os jesuítas chegaram a Sergipe fundaram aldeamentos conhecidos como missões, nos quais os indígenas eram instruídos na doutrina católica; e organizaram também os colégios que educavam os índios. Sua tentativa de colonizar sem o uso de armas fez com que os índios aceitassem com mais passividade o processo de colonização por parte dos jesuítas.
Arquitetura Barroca
A arquitetura barroca faz parte do movimento da contra reforma, seria o espaço dominando o homem, confundindo a mente humana entre fé e razão. Ligada ao Concílio de Trento o objetivo dessa arquitetura seria persuadir, convencer os infiéis da existência de Deus.
As igrejas possuem plantas axiais ou centralizadas com esculturas pinturas. Além disso, outras artes foram recrutadas pelos arquitetos para tornar a edificação barroca um espetáculo completo, carregado de alegorias e simbolismo, como a pintura, a escultura, as artes decorativas, todas reunidas para ilustrar a ideologia dominante
Engenho Colégio
Está localizado no município Itaporanga D’ Ajuda, no povoado Colégio, próximo ao riacho Tejupeba. É o engenho mais antigo do povoado de Sergipe e sua grande casa foi construída no inicio do século XVII(1601). A propriedade não foi destinada a fabricação do açúcar, mas a residência de padres jesuítas e a catequização dos povos indígenas.
Arquitetura
Os primeiros precursores foram os padres da Companhia de Jesus. A arquitetura corresponde ao estilo barroco. A casa e a Igreja são de sopapo
A casa-grande conhecida como colégio possui vários compartimentos, a parede é de sopapo e o pavimento é composto de madeira. A casa apresenta um telhado de quatro águas (mansarda) e esquadrias de madeira.
Existe um volume principal de dois andares, no qual o andar superior possui um balcão frontal, apoiados em consoles são de madeira.
A grande quantidade de vãos na casa concede a circulação do ar que suaviza a umidade do clima quente. Na parte frontal da casa existem vergas em arco abatido, na parte lateral existem vergas retas.
Essas fotos correspondem a Igreja do Tejupeba. Percebamos, que apesar deste monumento religioso ter sido tombado pelo IFHAN, ele se encontra bastante deteriorado.
Tombar, às vezes, é prejudicial porque nem o Órgão preserva, e nem dar o direito de o proprietário preservar. Igreja Nossa Senhora do Socorro
Essa igreja está localizada no município de Tomar do Geru, na divisa com a Bahia, próximo ao rio Real. Antes da chegada dos Jesuítas, Tomar do geru era formado por um aldeamento indígina, formado pelos índios Kiriri.

Existe uma lenda que conta que conta que os índios Kiriri acharam uma imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro na mata e entregaram aos Jesuítas. De noite quando a imagem foi entregue, ele acabou retornada ao local onde estava. Foram várias vezes levando e ela voltando, até que os padres decidiram construir uma igreja e lá colocaram a imagem de onde nunca mais saiu.
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um título conferido a Maria, mãe de Jesus, representada em um ícone de estilo bizantino. Na Igreja Ortodoxa é conhecida como Mãe de Deus da Paixão, ou ainda, a Virgem da Paixão.
Um ícone célebre é venerado desde 1865 em Roma, na igreja de Santo Afonso, dos redentoristas, na Via Merulana.
Religião
O município tem uma forte tradição religiosa. No período da Quaresma, acontece a Lamentação das Almas, uma penitência realizada somente por homens. Na Sexta-Feira da Paixão é realizada a procissão dos penitentes, onde os homens fazem autoflagelação. Em setembro acontece a festa da Padroeira, Nossa Senhora do Socorro.
A igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, padroeira de Tomar do Geru, é tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A igreja foi erguida em 1688, pelo padre Luiz Mamiani Della Rovere. Na porta existe a inscrição MDCLXXXVIII. A historia desse monumento é fascinante, existem segredos que permeiam a Igreja. A cidade Tomar, em Portugal, é de origem templária (Cavaleiros Templários), os estudiosos afirmam que os templários tiveram influências, tidas como pagãs, da arte templária (pagã) vindo a influenciar os jesuítas, sendo que os mesmos eram templários, sobreviventes da inquisição feita pela Igreja Romana e Felipe IV, o Belo, foi na Contra-Reforma para originar a Companhia de Jesus: jesuítas repletos de templários com a sabedoria não-cristã. A igreja de Tomar do Geru tem influência artística jesuítico-templária. Como exemplo o obelisco em cima da torre é um Poste-Ídolo proveniente do Egito Antigo, onde adorava-se o deus Amon-Rá e Ísis. Esse tipo de monumento é encontrado na Antiga Babilônia, atual Iraque. Outro exemplo é a flor-de-Ìsis encontrada em vários locais da igreja, no anagrama dos jesuita onde está escrito J.H.S (Jesus Hominum Salvatori) do meio do H sai uma lança simbolizando o falo, e na ponta da lança a flor-de-Ísis simbolizando o órgão genital feminino, típicos da crença de sociedade secreta como os templários. Há lendas de tesouros escondidos, sendo o que realmente intriga não são as várias lápides mortuárias, datadas de 1750, porém, uma que mais parece com uma porta para um túnel. Os historiadores afirmam que era muito comum, em tais construções, haver saídas secretas, em caso de ataque, principalmente quando se trata de aldeiamento, como geruacu que serviu de base militar para a Colônia Del'Rei contra os mocambos da Bahia. Suas paredes são estranhamente largas para tão pouco compartimentos acessíveis.
Historiadores da arte afirmam que a igreja de Geru é a mais bela de todas as igrejas missionárias do século XVII, fora da Bahia. O ouro e as figuras barrocas são marcantes.
Tombar, às vezes, é prejudicial porque nem o Órgão preserva, e nem dar o direito de o proprietário preservar.
Comentários
Postar um comentário