Max(Museu de Arqueologia de Sergipe)
O principal objetivo deste trabalho, solicitado pelo professor Lindvaldo, é relatar os principais setores que o Max abriga que foi apresentado em sala de aula através de um vídeo.
O Max (Museu de Arqueologia de Xingó) foi fundado em 2000, mas sua história começa em 1988 quando a CHESF lança o projeto de Fundar uma Hidroelétrica na Região. O achado dos sítios de pinturas rupestres no Canindé despertou o interesse para a escavação da região e da Criação do Projeto Xingó. Em 1988, a Chesf decidiu contrair uma hidroelétrica na região, que causaria inundações e todas as fontes arqueológicas seriam perdidas. Todavia, conforme o Artigo 3° da lei no. 3924,toda área descaracterizada por obras de engenharia deve ser submetida a um salvamento arqueológico. E foi justamente as ações da CHESF junto com os achados de pinturas rupestres que impulsionou as escavações arqueológicas.
Depois da assinatura do contrato coma CHESF foi processada o salvamento arqueológico da região. O processo de salvamento aconteceu entre 1988 e só foi concluído em 1994, devido há algumas paralisações.
De acordo com a explanação apresentada por Railda Nascimento, o Max possui cinco setores:
O primeiro setor está relacionado com as escavações, quanto mais profundo a camada for, mais antigos serão os artefatos encontrados. Dependendo do material encontrado usa-se instrumentos diversificados.

O segundo setor trata-se das migrações dos paleões em direção ao Sul da América. As migrações aconteceram tanto pela costa, quanto pelo interior do território no decorrer de milhões de anos.
Os pontos vermelhos no mapa indicam os sítios arqueológicos. O principal sítio arqueológico do Xingó é o sítio Justino.
Nesse mesmo setor aparece um mapa mostrando a localização das escavações que deram origem ao Museu de Arqueologia do Xingó. As pesquisas abrangem desde os sítios gráficos até os sítios de terraços, os primeiros estão localizados nos platôs, os segundos estão localizados nas barragens, correspondendo a áreas que vão desde Paulo Afonso ate Canindé do São Francisco.
O terceiro setor está relacionado com as várias formas de registros gráficos que são as pinturas e as gravuras. Existe uma reprodução de um sítio arqueológico que mostra que as pinturas são monocromáticas e eram feitas com o mineral óxido de ferro, muito abundante na região. As pinturas reproduziam o cotidiano, porém nem tudo que é observado pode ser compreendido.
Depois foram observados os registros gráficos que foram retirados de um sítio arqueológico. Os indivíduos com o auxilio de uma pedra riscavam a rocha e reproduziam cenas do cotidiano
Esse setor possui também ferramentas líticas (Um dos primeiros elementos que o homem usou para elaboração de seus instrumentos foi o material lítico, ou seja, rochas e minerais que é confeccionado de diversas maneiras dependendo do grupo e sua finalidade) que são instrumentos lascados e polidos (mais aperfeiçoados). O metal era desconhecido pelos indígenas daí a importância do uso das rochas.
O quarto setor abrange a cerâmica com uma grande variedade de forma e tamanho e, que provavelmente era uma atividade exercida pelas mulheres. A presença da cerâmica nos mostra que provavelmente essas sociedades eram sedentárias e praticavam a agricultura, já que os recipientes causavam incômodos para os deslocamentos de grupos não sedentários. O exemplo do cachimbo de cerâmica exposto no museu nos mostra que existia uma produção vegetal e a pratica do fumo já era conhecida. As vasilhas de cerâmica confeccionadas pelas mulheres eram utilizadas na alimentação e também no armazenamento de alimentos.
O quinto setor está relacionado com alimentação mostrando a variedade de cardápios das antigas sociedades indígenas. O peixe, o sagüi, a capivara, o caracol tinham importância na alimentação. Observamos também que existia uma nítida divisão baseada no sexo exercendo influência no preparo dos alimentos.
Nesse mesmo setor existi uma maquete que retrata o cotidiano destes povos (a caça nas serras, nas margens, a pratica das pinturas e também a grande importância do Rio).


O sexto setor está relacionado com a morte. Na arqueologia o encontro do esqueleto é uma garantia de vida na existência da pré-história. O primeiro compartimento mostra que foram encontrados alguns adornos dentro dos túmulos. Os indivíduos eram enterrados em forma fetal, junto com seus objetos pessoais e isso nos mostra que existia uma hierarquização social.
Para a antropologia o fato de um indivíduo ser enterrado de forma fetal significa que a natureza era a Grande mãe; o fato de ser enterrado com os pertences remete a uma vida após a morte, como se os utensílios tivessem utilização após a morte.

O ultimo setor retrata sobre a cidade de Piranhas e sua importância na ligação com o médio e baixo São Francisco.
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